segunda-feira, 30 de março de 2009

Fábio Takahashi

Nenhuma das mais de 5.000 escolas estaduais de SP teve índice de país desenvolvido esperado pelo governo para o ano de 2030

Clipping Educacional - Folha de S. Paulo (21.03.2009)
Gestão Serra diz que fará um estudo com as escolas que recuaram para definir o motivo e implementar ações para reverter a quedaAs sete escolas que haviam atingido em 2007 a meta de qualidade estipulada pelo governo de São Paulo para 2030 pioraram o desempenho no ano passado. Com isso, nenhuma das mais de 5.000 unidades da rede estadual atingiu a meta para 2030 no último Idesp, índice divulgado pelo governo José Serra (PSDB) nesta semana.Criado em 2007, o Idesp contabiliza a nota dos alunos em português e matemática, além de dados de evasão e reprovação. O patamar esperado para 2030 - nota 5 para o ensino médio; 6 para 5ª a 8ª séries e 7 para 1ª a 4ª séries, em uma escala de 0 a 10- considera a média atual de países desenvolvidos, como a Finlândia, em exames internacionais.As sete escolas que deixaram de atingir a meta ficam fora da capital. Entre as da capital, a que ficou mais próxima do patamar é a Professora Blanca Zwicker Simões, de 1ª a 4ª. A unidade tirou 6,37.Segundo levantamento realizado pelo jornal Agora SP, apenas 16 escolas da capital alcançaram média igual ou maior do que cinco. Ou seja, menos de 1% dos 1.668 ciclos avaliados tiraram nota azul.A Secretaria da Educação afirmou que não espera que os colégios estejam hoje com um patamar de 2030. Se isso ocorresse, diz a pasta, significaria que o objetivo final não é ambicioso. Durante a apresentação do Idesp 2008, na última quarta, a secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, afirmou que os resultados eram "muito positivos".Ela comemorou principalmente o desempenho do ensino médio, que subiu 38% (mas partia de um patamar baixo).Nas demais etapas, em que houve estagnação da média da rede, ela destacou como positivo o fato de mais da metade das escolas terem avançado no indicador (as outras ficaram estagnadas ou recuaram). A Secretaria da Educação afirmou que fará um estudo com as escolas que recuaram para definir o motivo e implementar ações para reverter a queda.
A pesquisadora de educação da Unicamp Maria Marcia Sigrist Malavasi vê uma situação crítica na rede estadual. "As ações que o governo do Estado adotou não tiveram impacto. Andando pelas escolas públicas, pesquisando, trabalhando com professores, temos visto que os adolescentes não sabem o que deveriam." Para ela, deveriam ser disseminadas na rede as escolas de tempo integral, junto a uma melhor formação dos professores.
O Idesp será o principal instrumento para definir o pagamento de bônus por desempenho aos servidores da rede. Unidades que estagnaram ou recuaram não receberão nada.
fonte:http://e-educador.com

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